El trabajo sobre lo arcaico. La historia oficial del trauma como riesgo
Silvia Elena Leguizamón
Resumen
La autora toma la idea de afecto en Freud, de los rudimentos de afecto y de representación de Aisenstein y de embrión pulsional de Marucco, para llevar adelante su idea de un aparato psíquico que retoma la organización económica de la primera tópica como base de la cura en las patologías límite, que en algunos casos toma la forma de déficit pulsional. Por lo cual es menester en la cura promover el crecimiento del empuje pulsional que permite hablar del caos pulsional del Ello, accediendo al orden de la ligadura y del masoquismo erógeno, ya que una retención de libido es fundamental para poner en marcha los procesos de mentalización o psiquización; salto cualitativo que se puede pensar desde ambas tópicas.
Luego describe el riesgo de la aparición en la sesión de La historia oficial del trauma, historias hiperintensas, hipereinvestidas e hiperrepresentadas que circulan en el campo ejerciendo la función de calmar la angustia circulante, pero bloqueando la capacidad de escucha del analista.
Por último, articula teoría y técnica a través de un caso clínico que le permite profundizar la dificultad del trabajo con la contratransferencia, que es la forma privilegiada de escucha en el terreno de lo arcaico.
descriptores: afecto / pulsión / lo arcaico / representación / representante representativo de la pulsión / trauma
The work on the archaic. The official story of the trauma as a risk
Summary
The author takes the idea of affection in Freud, of the rudiments of affection and of representation in Aisenstein, and Marucco’s idea of pulsional embryo, in order to develop the idea of a psychic apparatus that reuses the economic organization of the first topic as a foundation for the cure of border pathologies, that in some cases can take the shape of pulsional deficit. That is why it is essential, during the treatment, to promote the growth of the pulsional drive, which allows for the verbalization of the pulsional chaos of the “Id”, giving access to the level of bonding and erogenous masochism, since libido retention is critical to trigger the mentalization or psychization processes; a qualitative improvement that can be analyzed from both theories.
Then, the author describes the risk of the “official history of trauma” turning up during the session: a hyper intense, hyper invested and hyper represented history that circulates in the field, relieving the flowing angst but blocking the therapist’s capacity to listen.
Lastly, the author articulates theory and technique through a clinical case that allows for a deeper understanding of work difficulties with countertransference, which is the privileged form of listening in the archaic sphere.
keywords: affect / drive/ the archaic / representation / representant/representative of drive / trauma
O trabalho sobre o arcaico. A história oficial do trauma como risco
Resumo
A autora lança mão da ideia de afeto de Freud, dos rudimentos de afeto e de representação de Aisenstein e de embrião pulsional de Marucco, a fim de levar adiante ideia de um aparelho psíquico que retoma a organização econômica do primeiro tópico como base para a cura das patologias limite, as quais, em determinados casos, apresentam-se como déficit pulsional. Sendo necessário, portanto, na cura, promover o crescimento do estímulo pulsional que permite falar do caos pulsional do Id, acedendo à ordem da ligação e do masoquismo erógeno, já que uma retenção da libido é fundamental para colocar em funcionamento os processos de mentalização ou psiquização; salto qualitativo que pode ser pensado a partir de ambos os tópicos.
A seguir, a autora descreve o risco do aparecimento na sessão da “história oficial do trauma”, histórias hiperintensas, hiperinvestidas e hiperrepresentadas que circulam no campo para acalmar a angústia circulante, bloqueando, porém, a capacidade de escuta do analista.
Por último, articula teoria e técnica através de um caso clínico que lhe permite aprofundar na dificuldade do trabalho com a contratransferência, que é a forma privilegiada da escuta no terreno do arcaico.
palavras-chaves: afeto / pulsão / o arcaico / representação / representante representativo da pulsão / trauma