Asociar o no asociar… ¿es esa la cuestión?
Estela L. Bichi
Resumen
Dentro de la diversidad de las corrientes psicoanalíticas actuales algunos autores parecen restar trascendencia al libre asociar del paciente para llevar a cabo un proceso analítico. No obstante, en términos generales, los analistas estamos convencidos de que todo análisis depende notablemente de la capacidad del analizando para observar la regla fundamental, basados en la cualidad que ella comporta de acercarse a un funcionamiento mental similar al onírico y por lo tanto portador de una via regia a los contenidos inconscientes de nuestro psiquismo.
Esta capacidad de reducir el nivel de la censura y expresar sus pensamientos libremente, no es una tarea fácil para la mayoría de nuestros pacientes. En los casos de dificultad extrema, la complementariedad por parte del analista, que escucha en atención parejamente flotante, dejando vagar libremente su mente y “ensoñando” sus propias asociaciones se muestra definitivamente esencial.
Esta presentación se centra en un caso clínico. El trabajo psíquico del analista sobre el relato de los sueños del paciente y la evolución del tratamiento ocupan un lugar central. Se trata de un difícil trayecto clínico que consideramos paradigmático en cuanto a la doble importancia de la capacidad de ensoñación del analista y el uso de sus asociaciones libres como agentes de cambio psíquico.
Descriptores:
asociación libre / psicoanalista / regla fundamental / contratransferencia / reverie / lo negativo
Summary
To associate or not to associate…is that the question?
On the use of the analyst’s free associations as agent of the psychic change
Within the diversity of current psychoanalytical streams some authors seem not to deem the patient’s free association to carry out a psychoanalytical process important. However, in general, analysts are convinced of the fact that every analysis remarkably depends on the analyzand’s capacity to observe the fundamental rule, based on the quality it entails of nearing a mental functioning similar to that of dreams and thus bearer of a via regia to the unconscious content of our psyche.
This capacity of reducing the level of censorship and expressing their thoughts freely is no easy task for most of our patients. In cases of utmost difficulty, complementarity on behalf of the analyst, who listen with evenly floating attention, letting his mind wander freely and “dreaming” his own associations is definitely essential.
This presentation focuses on a clinical case. The analyst’s psychic work on the account of the patient’s dreams and the treatment’s evolution play a central role. It is a difficult clinical trajectory we consider paradigmatic regarding the double importance of the analyst’s capacity of reverie and the use of his free associations as agents of psychic change.
Keywords:
free association / psychoanalyst / basic rule/ countertransference / reverie / the negative
Resumo
Associar ou não associar… é essa a questão?
Sobre o uso das livres associações do analista como agente de mudança psíquica
Dentro da diversidade das correntes psicanalíticas atuais alguns autores parecem não dar transcendência ao livre associar do paciente para levar a cabo um processo analítico.
Entretanto, em termos gerais, nós analistas estamos convencidos de que toda a análise depende notavelmente da capacidade do analisando para observar a regra fundamental, baseados na qualidade que ela comporta de aproximar-se a um funcionamento mental similar ao onírico e, portanto, portador de uma via régia aos conteúdos inconscientes de nosso psiquismo.
Esta capacidade de reduzir o nível da censura e expressar os seus pensamentos libremente não é uma tarefa fácil para a maioria dos nossos pacientes. Nos casos de extrema dificuldade, a complementaridade por parte do analista, que escuta com atenção uniforme flutuante, deixando vagar livremente a sua mente e “devaneando” as suas próprias associações, mostrando-se definitivamente essencial.
Esta apresentação é centralizada em um caso clínico. O trabalho psíquico do analista sobre o relato dos sonhos do paciente e a evolução do tratamento ocupa um lugar central.
Trata-se de um difícil trajeto clínico que consideramos paradigmático quanto à dupla importância da capacidade de devaneio do analista e do uso de suas livres associações como agentes de mudança psíquica.
Palavras-chaves:
livre associação / psicanalista / regra fundamental / contratransferência / revèrie / o negativo