Educación sexuada y curriculum escolar: debates actuales

Graciela Morgade

Resumen

La autora plantea a la educación como sexuada. Lo social fue sistematizando una forma de concebir a lo femenino y a lo masculino a partir de una continuidad establecida entre lo leído en los genitales externos y un sistema de expectativas. En ese sistema, no hay más que “dos” posibilidades “normales”: aquello que sigue “la norma”, se piensa como “normal”, el resto, es lo “anormal”. De acuerdo a sus desarrollos, la educación, en tanto sexuada, debe hacerse cargo de su carácter formativo en cuestiones sexo-genéricas, que mantenga el sentido crítico y productivo de la justicia como horizonte vertebrador de las prácticas, justicia en la división social y sexual del trabajo que persiste en la construcción social de sujetos que encarnan, que corporizan, la exclusión de la vivienda, el alimento, el abrigo, la salud y la educación que hacen a la dignidad de las personas.

Plantea a su vez la situación de América Latina, donde sigue vigente con toda crudeza la cuestión de la justicia redistributiva y la justicia de reconocimiento y la situación financiera mundial que atraviesa a nuestras economías pone nuevamente en “figura” la injusticia por la cual grandes sectores de la población pueden llegar a ser nuevamente desempleados, nuevamente excluidos, criminalizados, violentados. En situaciones de crisis, aparece con crudeza que son los eslabones más débiles del frágil tejido social.

“El significado más genérico de justicia descansa en una participación igualitaria (…) la justicia exige alcanzar acuerdos sociales que permitan a todos los miembros de la sociedad participar como iguales en la vida social”33. Sin redistribución económica, reconocimiento cultural y representación política no hay justicia, y no puede existir una democracia genuina si no existe tal base. Se conoce el significado de justicia cuando más voces son escuchadas.

En este sentido la justicia no es estática sino dinámica. No se da de una vez y para siempre, por el contrario, se va dando en la medida que las personas pueden participar en la esfera pública, en la medida que los obstáculos son removidos.

En síntesis, los derechos ciudadanos y la valoración de las diferencias se enseñan y ejercitan.

Seguramente disminuirá el sufrimiento si se puede contribuir a que los chicos y las chicas exploren el mundo con más libertad y más justicia, en el que tanto el cuidado de la vida como el sostén económico sean asumidos por todos y todas.

33. Fraser, Nacy (2006) Fraser, N (2006) Reinventar la justicia en un mundo globalizado. En la revista: New Left Review. Nº 36 Pp 35

Descriptores

Educación / sexo / género / justicia / sujeto

Summary

Sexed Education and School Curriculum: Current Debates

The author argues that education is gendered. The social systematized a way of conceiving the feminine and the masculine from an established continuity between the read on the external genitals and a set of expectations. In that system, there are only “two” “normal” possibilities: what follows “the norm”, is intended as “normal”, the rest is “abnormal”. According to their development, education, as sexed, must take charge of the formative sex-generic issues that keep the critical and productive sense of justice as a guiding horizon of the practices, social justice and sexual division labor that persists in the social construction of subjects who embody, excluding housing, food, shelter, health and education that confer dignity.

She also raises the question of the situation in Latin America, where the issue of distributive justice, justice of recognition and the global financial situation, which penetrate our economies, prevail and put back in “figure” the injustice by which large sectors of the population may become unemployed again, excluded, criminalized and subjected to violence.

In crisis situations, it becomes evident that they constitute the weakest links in the fragile social fabric.

“The most general meaning of justice rests on equal participation (…) justice requires social arrangements that enable all members of society to participate as equals in society.” Without economic redistribution, cultural recognition and political representation there can be no justice, and there can be no genuine democracy if there is no such basis. The meaning of justice becomes known when more voices are heard. In this sense, justice is not static but dynamic. It is not given once and for all, on the contrary, it develops when people can participate in the public sphere, when obstacles are removed.

In short, citizen rights and the appreciation of differences are taught and exercised.
Suffering will surely lessen if boys and girls are helped in the exploration of the world with more freedom and justice, in which both life care and the provision for the family are undertaken by everyone.

Keywords

Education/ sex/ gender/ justice/ subject


Resumo

Educação sexuada e currículo escolar: debates atuais

A autora trata a educação como sexuada. O social foi sistematizando uma forma de conceber o feminino e o masculino a partir de uma continuidade estabelecida entre o que foi lido nos genitais externos e em um sistema de expectativas. Nesse sistema só existem “duas” possibilidades “normais”: aquilo que segue “a norma”, que é acreditado como “normal”, e o resto, é o “anormal”. De acordo com os seus desenvolvimentos, a educação, enquanto sexuada, deve ser responsável pelo seu caráter formativo nas questões sexo/genéricas, manter o sentido crítico e produtivo da justiça como horizonte orientador das práticas, da justiça na divisão social e sexual do trabalho que persiste na construção social de sujeitos que encarnam, que corporalizam, da exclusão do lar, do alimento, do abrigo, da saúde e da educação que fazem parte da dignidade das pessoas.

Além disso, comenta sobre a situação da América Latina, onde continua vigente, com toda a sua crueldade, a questão da justiça redistributiva e da justiça de reconhecimento, e da situação financeira mundial que atravessa as nossas economias, que coloca novamente em “cena” a injustiça pela qual os grandes setores da população podem novamente ficar desempregados, excluídos, criminalizados, violentados. Em situações de crise, aparecem cruelmente os que são os elos mais fracos do frágil tecido social.

“O significado mais genérico de justiça assentado em uma participação igualitária (…) a justiça exige que sejam conseguidos acordos sociais que permitam a todos os membros da sociedade participar como iguais na vida social”. Sem redistribuição econômica, reconhecimento cultural e sem representação política não há justiça, e não pode existir uma democracia autêntica se essa base não existir. Conhece-se o significado de justiça quando mais vozes são escutadas. Neste sentido, a justiça não é estática, mas dinâmica. Não acontece só uma vez e para sempre, pelo contrário, vai acontecendo à medida que as pessoas possam participar na esfera pública e à medida que os obstáculos são removidos.
Em síntese, os direitos dos cidadãos e a valorização das diferenças são ensinados e exercitados. Com certeza, o sofrimento diminuirá se se puder contribuir para que as crianças explorem o mundo com mais liberdade e mais justiça, onde tanto o cuidado da vida como a sustentação econômica seja assumida por todas as pessoas.

Palavras-chaves

Educação / sexo / gênero / justiça / sujeito

Comité Editor de la Revista de Psicoanálisis

  • Directora: Lic. Laura Katz 
  • Secretaria: Dr.Osvaldo Canosa
  • Miembros del Comité: Lic. Nora Lewi, Lic. Sibila Shammah, Lic. Lucila Winocur, Dra. María Elena Moreno, Lic. Adrián Augspach, Lic. Antonia Foti, Dra. Silvia Bajraj y Lic. Aída Roitman de Fainstein
  • Colaboradora: Lic. Úrsula Zapata

Consejo Asesor Internacional

Jorge Ahumada (Buenos Aires), Marina Altmann (Montevideo), Ricardo Bernardi (Montevideo), Cristina Bisson (Buenos Aires), Dana Birksted-Breen (London), Vincenzo Bonaminio (Roma), Catalina Bronstein (London), Jorge Canestri (Roma), Roosevelt Cassorla (Campinas), Beatriz de León de Bernardi (Montevideo),
Paul Denis (París), Haydée Faimberg (París, Buenos Aires), Antonino Ferro (Pavia), Charles Fisher (California), Glenn Gabbard (Houston), Yolanda Gampel (Israel), Leticia Glocer Fiorini (Buenos Aires), Aiban Hagelin (Buenos Aires), Charles Hanly (Toronto), Margaret Ann Fitzpatrick Hanly (Toronto), Otto Kernberg (New York), Romulo Lander (Caracas), Moisés Lemlij (Lima), Marianne Leuzinger-Bohleber (Frankfurt), Sergio Lewkowicz (Porto Alegre), Luis Martín-Cabré (Madrid), Norberto Marucco (Buenos Aires), Carlos Moguillansky (Buenos Aires), Thomas Ogden (San Francisco), Cecilio Paniagua (Madrid), Leonardo Peskin (Buenos Aires), Elías da Rocha Barros (San Pablo), Owen Renik (San Francisco), Lía Ricón (Buenos Aires), Ana María Rizzuto (Córdoba), Gabriel Sapisochin (Madrid), Mark Solms (Cape Town), Jaime Szpilka (Madrid), David Tuckett (Londres), Virginia Ungar (Buenos Aires), Rodolfo Urribarri (Buenos Aires), José Luis Valls (Buenos Aires), Rudi Vermote (Kortenberg), Juan Vives Rocabert (México, DF), Richard Zimmer (New York).