El mundo vacío del narcisista

Reyna Hernández-Tubert

Resumen

Los pacientes narcisistas presentan una serie de características comunes: a) todos ellos han vivido situaciones de descuido o abuso traumáticos en la infancia; b) una desconexión respecto de las propias emociones como consecuencia de lo anterior, lo que genera una profunda sensación de vacío; c) la explotación de sus capacidades yoicas innatas al servicio de una seudomaduración que les permite hacerse cargo prematuramente de sí mismos; d) una sensibilidad extrema a los estados mentales y necesidades emocionales de otras personas que trae como consecuencia la constitución de un falso self cuya función es satisfacerlas; e) la internalización de esta modalidad de interacción genera introyectos u objetos internos malos, que toman a su cargo las exigencias originalmente vividas en la relación con los padres, y f) esto, aunado al temor a que cualquier expresión de necesidad o dependencia emocional lleve a la terrorífica repetición del colapso desencadenado por la falla traumática en la respuesta del objeto, genera una serie de maniobras defensivas tendientes a evitar las experiencias de cercanía e intimidad.

La autora presenta un caso en el cual pueden observarse todos estos factores, así como la facilidad con la que se generaron situaciones de acting out en los terapeutas previos del paciente y las intensas presiones que se dan en la transferencia-contratransferencia para que se repita este acting out.

Estos análisis plantean importantes problemas de ética profesional, en función de la activación de las heridas narcisistas no resueltas de la personalidad del analista por la relación transferencial- contratransferencial con el paciente narcisista.

Descriptores:

narcisismo / vacío / falso self / sobreadaptación / objeto malo / actuación / ética / psicoanalista


Summary

The narcissist’s empty world

Narcissistic patients share a series of traits: a) They have all experienced situations of neglect or traumatic abuse during childhood; b) a disconnection from their emotions as a consequence of the latter, which brings about a profound sensation of emptiness; c) the exploitation of their innate ego capabilities in service of a pseudomaduration which allows them to prematurely take responsibility for themselves; d) an extreme sensitivity to the emotional needs and states of mind of others, which results in the constitution of a false self whose function is to satisfy them; e) the internalization of this way of interacting generates introjects or internal bad objects, which take over the demands originally experienced in the relationship with parents, and f) this, together with the fear of any expression of necessity or emotional dependence, leads to the terrifying repetition of the breakdown triggered by the traumatic failure in the object’s response, generates a series of defensive manoeuvres which tend to avoid the experiences of closeness and intimacy.

The author presents a case in which all these factors can be observed, as well as the ease with which situations of acting out in the patient’s previous therapists were engendered and the intense pressures experienced in the transference-countertransference for this acting out to be repeated.

These analyses pose important problems for professional ethics, depending on the activation of the unresolved narcissistic injuries of the analyst’s personality due to the transferentialcountertransferential relationship with the narcissistic patient.

Keywords:

narcissism / void/ false self / overadaptation / bad object / acting / ethics / psychoanalyst


Resumo

O mundo vazio do narcisista

Os pacientes narcisistas apresentam uma série de características comuns: a) todos eles viveram situações de descuido ou abuso traumático na infância; b) uma desconexão a respeito das próprias emoções como consequência do anterior, o que gera uma profunda sensação de vazio; c) a exploração das suas capacidades egóicas inatas ao serviço de um pseudo-amadurecimento que lhes permite serem prematuramente responsáveis de si mesmos; d) uma sensibilidade extrema aos estados mentais e às necessidades emocionais de outras pessoas que traz como consequência a constituição de um falso self cuja função é satisfazê-las; e) a internalização desta modalidade de interação gera introjeção ou objetos internos maus, que tomam a seu cargo as exigências originalmente vividas na relação com os pais f) isto, unido ao temor a que qualquer expressão de necessidade ou de dependência emocional leve à terrorífica repetição do colapso desencadeado pela falha traumática na resposta do objeto, gera uma série de manobras defensivas cuja tendência é evitar as experiências de aproximação e de intimidade.

A autora apresenta um caso onde podem ser observados todos estes fatores, como também a facilidade com a que foram geradas situações de acting out nos anteriores terapeutas do paciente e as intensas pressões que se dão na transferência-contratransferência para que este acting out se repita.

Estas análises apresentam importantes problemas de ética profissional, em função da ativação das feridas narcisistas não resolvidas da personalidade do analista pela relação transferencialcontratransferencial com o paciente narcisista.

Palavras-chaves:

narcisismo / vazio / falso self / sobreadaptação / objeto mau / atuação / ética / psicanalista.

Comité Editor de la Revista de Psicoanálisis

  • Directora: Lic. Laura Katz 
  • Secretaria: Dr.Osvaldo Canosa
  • Miembros del Comité: Lic. Nora Lewi, Lic. Sibila Shammah, Lic. Lucila Winocur, Dra. María Elena Moreno, Lic. Adrián Augspach, Lic. Antonia Foti, Dra. Silvia Bajraj y Lic. Aída Roitman de Fainstein
  • Colaboradora: Lic. Úrsula Zapata

Consejo Asesor Internacional

Jorge Ahumada (Buenos Aires), Marina Altmann (Montevideo), Ricardo Bernardi (Montevideo), Cristina Bisson (Buenos Aires), Dana Birksted-Breen (London), Vincenzo Bonaminio (Roma), Catalina Bronstein (London), Jorge Canestri (Roma), Roosevelt Cassorla (Campinas), Beatriz de León de Bernardi (Montevideo),
Paul Denis (París), Haydée Faimberg (París, Buenos Aires), Antonino Ferro (Pavia), Charles Fisher (California), Glenn Gabbard (Houston), Yolanda Gampel (Israel), Leticia Glocer Fiorini (Buenos Aires), Aiban Hagelin (Buenos Aires), Charles Hanly (Toronto), Margaret Ann Fitzpatrick Hanly (Toronto), Otto Kernberg (New York), Romulo Lander (Caracas), Moisés Lemlij (Lima), Marianne Leuzinger-Bohleber (Frankfurt), Sergio Lewkowicz (Porto Alegre), Luis Martín-Cabré (Madrid), Norberto Marucco (Buenos Aires), Carlos Moguillansky (Buenos Aires), Thomas Ogden (San Francisco), Cecilio Paniagua (Madrid), Leonardo Peskin (Buenos Aires), Elías da Rocha Barros (San Pablo), Owen Renik (San Francisco), Lía Ricón (Buenos Aires), Ana María Rizzuto (Córdoba), Gabriel Sapisochin (Madrid), Mark Solms (Cape Town), Jaime Szpilka (Madrid), David Tuckett (Londres), Virginia Ungar (Buenos Aires), Rodolfo Urribarri (Buenos Aires), José Luis Valls (Buenos Aires), Rudi Vermote (Kortenberg), Juan Vives Rocabert (México, DF), Richard Zimmer (New York).