Metáforas de una mente corporal

Ana-María Rizzuto

Resumen

Las metáforas utilizadas por los pacientes en análisis pueden permitir el acceso a experiencias inefables. Esto es lógico, dado que la mente es una mente corporal, y el lenguaje, una función totalmente corpórea de esa mente. O sea, la existencia de la mente y del lenguaje depende del cuerpo físico. La acumulación ontogénica de impresiones sensoriales percibidas y de procesos afectivos excede con creces lo que puede expresarse en palabras. Las investigaciones de la psicología cognitiva sugieren que el funcionamiento de una mente activa es tal que las percepciones posteriores se organizan sobre la base de las anteriores. Sin embargo, como la mente solo puede conocer sus propias representaciones, habita dos reinos siempre desconocidos: el mundo externo, y el ámbito de los procesos internos inconscientes que sustentan las funciones mentales. Como consecuencia, el mundo y el self que conocemos se construyen con la mediación de nuestro cuerpo. También en el caso del lenguaje, nuestra modalidad activa de percibir, procesar y sentir hace que nuestra comprensión de las palabras dependa de la experiencia previa. El hecho de que al procesar las experiencias el sistema límbico se active de inmediato significa que todas las modalidades de representación incluyen una valoración afectiva. Este inevitable procesamiento de la información mediante percepciones corporales que tienen una valoración afectiva otorga a la función metafórica del ser humano —su capacidad para organizar la vida y la experiencia de manera metafórica— la posibilidad de crear metáforas capaces de captar y de expresar experiencias psíquicas que de otro modo serían inexpresables. Esta forma de comprender las metáforas tiene implicaciones en la labor psicoanalítica.

Descriptores:

metafora / mente / cuerpo / lenguaje / percepción / representación / afecto / realidad material / sentido / palabra / imagen


Summary

Metaphors of a Bodily Mind

Patient’s metaphors in analysis may allow access to ineffable experiences. This is understandable, since the mind is a bodily mind, and language is a fully embodied function of this mind. That is, both are dependent for their existence upon the physical body. The ontogenic accumulation of perceived sensory impressions and affective processes far exceeds what can be put into words. Research in cognitive psychology suggests that the active mind functions in such a manner that later perceptions are organized by means of earlier ones.

However, since the mind can know only its own representations, it inhabits two ever unknown realms: the external world itself, and the domain of internal unconscious processes that sustain the mind’s functions. As a result, the world and the self we know are constructed by the mediation of our bodies. In language also, the active mode by which we perceive, process, and feel makes our understanding of words dependent on previous experience. The fact that the limbic system is activated immediately in the moment of processing experience means that all modalities of representation include an affective valuation. This inevitable processing of information through the mediation of affectively valued bodily perceptions gives the metaphorical function—the human capacity to organize experience and life in metaphoric ways—the ability to create linguistic metaphors that can capture and express otherwise inexpressible psychic experiences. This manner of understanding metaphor has implications for psychoanalytic technique.

Keywords:

metaphor / mind / body / language. Perception / representation / affect / reality material / meaning / word / image

Resumo

Metáforas de uma mente corporal

As metáforas utilizadas pelos pacientes que fazem análise permitem ter acesso a experiências inefáveis. Isto é lógico, devido a que a mente é uma mente corporal, e a linguagem uma função totalmente corpórea dessa mente. Ou seja, a existência da mente e da linguagem depende do corpo físico. A acumulação ontogênica de impressões sensoriais percebidas e de processos afetivos excede amplamente o que pode ser expresso em palavras. As investigações da psicologia cognitiva sugerem que o funcionamento de uma mente ativa é tal que as percepções posteriores se organizam baseadas nas anteriores.

Entretanto, como a mente somente pode conhecer as suas próprias representações, habita dois reinos sempre desconhecidos: o mundo externo e o âmbito dos processos internos inconscientes que sustentam as funções mentais. Como consequência, o mundo e o self que conhecemos são construídos com a mediação do nosso corpo. Também no caso da linguagem, nossa modalidade ativa de perceber, de processar e de sentir faz com que a nossa compreensão das palavras dependa da experiência prévia. O fato de que ao processar as experiências o sistema límbico seja ativado imediatamente significa que todas as modalidades de representação incluem uma valorização afetiva. Este inevitável processamento da informação através de percepções corporais, que tem uma valorização afetiva outorga à função metafórica do ser humano — a sua capacidade para organizar a vida e a experiência de maneira metafórica— a possibilidade de criar metáforas capazes de captar e de expressar experiências psíquicas que de outro modo não poderiam ser expressas. Esta forma de compreender as metáforas tem implicações na tarefa psicanalítica.

Palavras-chaves:

metáfora / mente / corpo / linguagem / percepção / representação / afeto / realidade material / sentido / palavra / imagem

Comité Editor de la Revista de Psicoanálisis

  • Directora: Lic. Laura Katz 
  • Secretaria: Dr.Osvaldo Canosa
  • Miembros del Comité: Lic. Nora Lewi, Lic. Sibila Shammah, Lic. Lucila Winocur, Dra. María Elena Moreno, Lic. Adrián Augspach, Lic. Antonia Foti, Dra. Silvia Bajraj y Lic. Aída Roitman de Fainstein
  • Colaboradora: Lic. Úrsula Zapata

Consejo Asesor Internacional

Jorge Ahumada (Buenos Aires), Marina Altmann (Montevideo), Ricardo Bernardi (Montevideo), Cristina Bisson (Buenos Aires), Dana Birksted-Breen (London), Vincenzo Bonaminio (Roma), Catalina Bronstein (London), Jorge Canestri (Roma), Roosevelt Cassorla (Campinas), Beatriz de León de Bernardi (Montevideo),
Paul Denis (París), Haydée Faimberg (París, Buenos Aires), Antonino Ferro (Pavia), Charles Fisher (California), Glenn Gabbard (Houston), Yolanda Gampel (Israel), Leticia Glocer Fiorini (Buenos Aires), Aiban Hagelin (Buenos Aires), Charles Hanly (Toronto), Margaret Ann Fitzpatrick Hanly (Toronto), Otto Kernberg (New York), Romulo Lander (Caracas), Moisés Lemlij (Lima), Marianne Leuzinger-Bohleber (Frankfurt), Sergio Lewkowicz (Porto Alegre), Luis Martín-Cabré (Madrid), Norberto Marucco (Buenos Aires), Carlos Moguillansky (Buenos Aires), Thomas Ogden (San Francisco), Cecilio Paniagua (Madrid), Leonardo Peskin (Buenos Aires), Elías da Rocha Barros (San Pablo), Owen Renik (San Francisco), Lía Ricón (Buenos Aires), Ana María Rizzuto (Córdoba), Gabriel Sapisochin (Madrid), Mark Solms (Cape Town), Jaime Szpilka (Madrid), David Tuckett (Londres), Virginia Ungar (Buenos Aires), Rodolfo Urribarri (Buenos Aires), José Luis Valls (Buenos Aires), Rudi Vermote (Kortenberg), Juan Vives Rocabert (México, DF), Richard Zimmer (New York).